DemaisDestaque da CidadeSaúde

Saúde promove análise de cenário da mortalidade infantil de Pirassununga

Nesta segunda-feira (22), a Vigilância Epidemiológica por meio do Comitê Municipal de Mortalidade Materno Infantil e Fetal realizou uma reunião de análise do cenário da mortalidade infantil em Pirassununga no ano de 2022. Foram passados todos os números, explicados os principais problemas e debatidas as soluções para os próximos anos. O encontro foi realizado na EMAIC Prof. Daniel Caetano do Carmo (Zona Norte).

O prefeito municipal Dr. José Carlos Mantovani, presente no evento alertou para o trabalho a ser realizado para a redução da mortalidade infantil na cidade. “Precisamos de maior acompanhamento no final da gestação. O orgulho da cidade é ter uma taxa pequena de mortalidade infantil, mas tudo precisa ser bem feito para não haver impacto. Conseguimos avanços na saúde em geral, mas ainda estou preocupado”, disse.

De acordo com a Presidente do Comitê Municipal de Mortalidade Materno Infantil e Fetal, Patrícia Isabela Cascardo Mellario, “o objetivo é analisar os óbitos e traçar um plano. O passo mais importante, mais do que mostrar o que passou, é o de trabalhar e prol das vidas que serão geradas”.

O secretário de Saúde, Júlio César Toso comentou que esforços já estão sendo feitos para melhorar a situação atual. “É um trabalho conjunto para podermos atingir índices melhores no próximo ano”.

Também presente no encontro, a representante do Conselho Municipal de Saúde, Denise Mendes Ferreira ressaltou que “o momento é importante, hoje existem crianças gerando crianças. É importante a prevenção”.

Números de Pirassununga
Total de nascimentos: 757 partos
Total de nascidos vivos: 751
Total de óbitos infantis e fetais: 19 (13 fetais e 6 infantis)
Taxa de mortalidade infantil: 7,9 por cada 1.000 nascidos vivos
Óbitos maternos: dois casos

Óbitos infantis
2022 – 6
2021 – 5
2020 – 4
2019 – 6
2018 – 12
2017 – 12
2016 – 7
2015 – 5
2014 – 12
2013 – 5
Dos seis óbitos em 2022, três delas eram consideradas evitáveis

Óbitos fetais
2022 – 13
2021 – 7
2020 – 14
2019 – 10
2018 – 4
2017 – 12
2016 – 5
2015 – 8
2014 – 9
2013 – 9
Dos 13 óbitos em 2022, 11 delas eram consideradas evitáveis

Óbitos maternos
Dois casos: mulheres de 23 a 39 anos (o que não ocorria desde 2016)

Problemas identificados
– Não registro de informações em prontuário
– Não adesão de paciente ao pré-natal e intervalo inadequado entre consultas pré-natal
– Falta de envolvimento de outros serviços de apoio nas situações em que há identificação de vulnerabilidades
– Não seguimento de protocolos
– Falta de busca ativa nos faltosos

Recomendações
– Implantar/revisar/atualizar protocolos, fluxos e instrumentos de atendimento à gestante/parturiente/puérpera/recém-nascido/criança e realizar capacitações envolvendo toda equipe multiprofissional
– Identificar precocemente todas as gestantes na comunidade e o pronto início do acompanhamento pré-natal
– Garantir o seguimento do protocolo pré-natal atentando ao intervalo adequado entre as consultas evitando períodos prolongados sem avaliação médica

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.