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Nota pública de Esclarecimento – Materiais impróprios para Educação

Numa expressa interlocução, entre a Secretaria de Governo e Secretaria Municipal de Educação, passamos a emitir Nota oficial de informação sobre os fatos lamentáveis que ocorreram e que envolvem materiais do SESI-SP. Materiais paradidáticos os quais portam temas relevantes, mas com conteúdos inapropriados, do ponto de vista da quebra de valores sociais, contendo apologia ao sexo e violência. Reprovamos veementemente!

Esses materiais, para nós, anti-didáticos e des-formativos “não são livros da Prefeitura”, como é óbvio pela sua filiação ao SESI-SP, e nem tão pouco foram “comprados pela Prefeitura”, como poderia sugerir a denúncia. São livros que foram “doados” pela Editora SESI em 2022, em termo de cooperação de fomento à Cultura para compor o acervo bibliotecário municipal, e não para o Currículo da Educação de nossa querida cidade.

Nesse sentido, não podem ser considerados livros direcionados ao EJA (Educação de Jovens e Adultos) e muito menos à Educação Infantil, pois preservamos a ética e os valores essenciais para a nossa Educação. Logo, é equivocado afirmar que foram livros que deveriam ser direcionados às Unidades do Jacobsen, Caicão, Zuleika e Iran Rodrigues, por trabalharem com uma faixa etária mais madura.

Então, por que foram direcionados às Escolas? Questões que serão o fio condutor de nossa investigação:

1) Esse material não poderia ter saído da SME, pela Divisão de Ensino responsável, sem a autorização prévia e expressa do Secretário de Educação, por razões contundentes de incompatibilidade formativa, não importando a faixa etária, e, também, para nós, para o âmbito Cultural. Por que foi feito isso?

2) Por que não houve uma curadoria atenta sobre esses materiais, tendo em vista a “orientação geral e básica” que todo e qualquer material deve ser avaliado antes de sua distribuição às Escolas?

3) Materiais do Estado são impositivos? Não. Por se tratar de material extracurricular, o Município é autônomo para decidir o que é melhor para a formação local. Diante disso, por que o entendimento da obrigatoriedade?

4) Por que a “triagem” desse material inadequado, que deveria ser reprovado e devolvido ao SESI – razões óbvias -, foi terceirizada às Unidades Escolares? Negligência, erro, falta de atenção, ou intenção?

5) Por que “algo tão reprovável por todos”, o que nos leva a proposição que a Secretaria de Educação também não compactua com isso, não foi imediatamente interpelada? Concordamos com a crítica, devemos esclarecer; mas, diante da fragilidade de nossa população, causada, hoje, pelo pânico das mídias sociais, que nos ameaça, não poderia a denúncia ser feita direta à SME, para esclarecer e poupar a população que já está vulnerável?

Na perspectiva da SME, iremos investigar as responsabilizações – abertura de Sindicância – dessa experiência que veementemente repudiamos. Medidas que estão sendo tomadas:

1) Recolhimento de todo material das quatro (4) Unidades Escolares, na primeira hora da segunda-feira (dia 17/04) para devolução ao SESI. Todas as Unidades Escolares envolvidas já estão notificadas para a devolução.

2) Todas as Gestoras inscritas, nessa experiência triste, prontamente manifestaram repúdio e a pontual informação que nossas crianças “não tiveram contato com esse material inadequado”, em Declaração oficial por meio de protocolo digital da Prefeitura. Escolas: Iran Rodrigues, Caicão, Zuleika e Jacobsen.

3) Já entramos em contato com o SESI, pelo qual todas as nossas informações, aqui declaradas, se embasam, para a devida manifestação de que o material deveria ser direcionado ao fomento Cultural, e não à Educação.

4) Os responsáveis serão afastados para a minuciosa e imparcial apuração dos fatos.

Sem mais, lamentamos e reprovamos o ocorrido patético, pois Educação não pode ser o reducionismo liberal para tudo experimentar; mas, a construção da “consciência ética” de tudo que é inconveniente à vida recusar.

    Secretário de Governo                                                                                             Secretário de Educação

Luiz Carlos Montagnero Filho                                                                               José Ailton Carlos Lima Correia                                         

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