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vem pra PIRA.
Desbrave a história da nossa terra

As terras que hoje formam o Município de Pirassununga eram habitadas por índios de língua tupi, que chamavam o atual distrito de Cachoeira de Emas de “Pirassununga”, um termo que significa “lugar onde o peixe faz barulho”. Esse nome é derivado da junção dos termos Pirá (peixe), Sunu (barulho/ronco) e Nga (lugar). A denominação faz referência ao fenômeno da Piracema, quando, em dezembro, os peixes, principalmente os curimbatás, sobem o Rio Mogi Guaçu para desovar, emitindo sons semelhantes a “roncos” devido ao esforço de nadar contra a correnteza.

No início do século XIX, Chistovam Pereira de Godoy e sua mulher Anna Maria da Conceição, em 1809, procedentes de Bragança e acompanhados de escravos negros, vieram para esta região e construíram uma morada permanente à beira de um córrego (Córrego da Barra) e fundaram a primeira fazenda neste município, a Santa Cruz. Christovam e sua esposa eram de Nazaré (hoje Nazaré Paulista), situada dentro do termo de Bragança (hoje Bragança Paulista). A 2ª propriedade fundada por Christovam foi no sítio do Paiol (um paiol grande foi construído para a guarda de cereais, etc.), no ano de 1810. Este velho paiol subsistiu até 1968, quando seus restos foram demolidos.

Também, de Bragança vieram Ignácio Pereira Bueno e sua esposa Anna Francisca da Silva que por volta de 1820-23, construíram uma morada no local do atual quarteirão (hoje) entre as Ruas Pereira Bueno e Major Pereira e Duque de Caxias e Siqueira Campos. Foram proprietários de quase todas as antigas terras ocupadas, atualmente pelo grande centro da cidade de Pirassununga.

Em 6 de agosto de 1823 Ignácio Pereira Bueno e Anna Francisca da Silva, com a ajuda de seus escravos, construíram uma capelinha de taipa e trouxeram o padre Felipe Antônio Barreto para ali realizar a primeira missa em terras do Bairro do Senhor Bom Jesus dos Aflitos de Pirassununga (mantendo-se a denominação que os índios chamavam a então Cachoeira). Historicamente este dia foi considerado como o da fundação da atual cidade de Pirassununga. O local da primeira missa é hoje o largo onde se encontram a Igreja da Assunção e a Estação Rodoviária.

 

capelinha

 

Em 21 de novembro de 1828, a capela do Senhor Bom Jesus dos Aflitos de Pirassununga foi elevada à categoria de Capela Curada.

 

Igreja de 1828

 

Tornou-se Freguesia em 4 de março de 1842, com a mesma denominação da capela, sendo inicialmente parte do município de Mogi Mirim e transferida para o município de Limeira no dia 8 de março daquele ano. A Vila de Pirassununga foi criada em 22 de abril de 1865.

A chegada da ferrovia ocorreu em 24 de outubro de 1878, quando um ramal ligou Cordeiros (atual Cordeirópolis) a Belém do Descalvado. Pirassununga recebeu foros de cidade em 31 de março de 1879 e tornou-se Comarca em 6 de agosto de 1890.

A então cidade de Senhor Bom Jesus dos Aflitos de Pirassununga, recebeu a chegada da ferrovia no final da tarde do dia 23 de outubro de 1878, como ponta de linha, na estação a cerca de um quilômetro da praça central da cidade. A data de 24 de outubro, marcou a saída do trem da estação rumo a Cordeiros e foi considerada como a data da inauguração. Pirassununga tinha, na época uma população de 7.169 habitantes, sendo 1.376 escravos, que trabalhavam especialmente na lavoura de café e na cultura de cereais.

Um dos principais nomes da cidade, até a metade do século XX, foi Dr. Fernando de Sousa Costa, um destacado empreendedor, administrador e político, de confiança do presidente Getúlio Vargas. Ele desempenhou um papel crucial na instalação de importantes instituições em Pirassununga, como a Academia da Força Aérea, o 13º Regimento de Cavalaria Mecanizado, a Universidade de São Paulo, o Instituto de Educação Estadual Pirassununga (atualmente Escola Estadual Pirassununga) e o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais. Essas instituições desencadearam um ciclo de crescimento populacional e econômico a partir da metade da década de 1950, que perdurou até o início da década de 1980.

A partir de então, a cidade experimentou uma desaceleração no crescimento populacional e econômico, um fenômeno também observado em outras cidades da região. Essa estagnação foi atribuída à falta de investimentos em distritos industriais, ausência de qualificação da mão de obra (como cursos técnicos e universidades) e desavenças políticas, além da falta de visão e empreendedorismo dos administradores.

No início do século XXI, Pirassununga passou a receber investimentos significativos em diversas áreas: ensino superior (novos cursos na USP e novas faculdades privadas), indústria (expansão do setor sucroalcooleiro, com a criação e ampliação de usinas de açúcar e álcool, e novos distritos industriais), setor de serviços (novas redes de varejo) e construção civil (principalmente verticalização da cidade). Esses investimentos permitiram uma recuperação gradual e contínua do crescimento econômico até os dias atuais.

O conhecimento histórico de Pirassununga deve muito ao trabalho dos pesquisadores: José Peixoto da Motta Júnior, Xavier de Novaes (pseudônimo de Faustino Ferreira de Albuquerque), pesquisador e escritor professor Manuel Pereira de Godoy e escritor e jornalista professor Israel Foguel.

 

Fonte:

FOGUEL, Israel. Coleção Pirassununga de Todos os Tempos - “Terra de Meus Amores - Volume 1”. 1ª Edição. Pirassununga: Editora Yolbook, 2023

Gentílico Pirassununguense

 

População 75.930

Emancipação 1823

DDD 19

CEP 13630-000

Clima Subtropical

Altitude 627 metros

Território 727,118 km²