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Ranchinho Alegre recebe grande público no retorno ao Teatro Cacilda Becker e homenageia o violonista Orlando Soares Bezerra

No domingo de Carnaval (23) o primeiro programa Ranchinho Alegre de 2020 marcou a volta da atração ao seu palco de origem, o Teatro Municipal Cacilda Becker. O programa de auditório é promovido pela Prefeitura Municipal de Pirassununga por meio da Secretaria de Cultura e Turismo.

A roda regional violeiros e cantadores registrou a presença de grande púbico neste domingo e teve grandes atrações, como o Coral Louvor Sertanejo (Pirassununga), os cantores e violeiros Sara, Carolina, Ana Luísa, Raquel & Daverson (Pirassununga), os meninos Marcelo Viola & Gabriel Augusto (Pirassununga), a violeira Jéssica Silva (Descalvado) e o acordeonista Maurício Amorim (Pirassununga).

Além disso a Secretaria de Cultura entronizou no cenário do programa – o ?Altar das Divindades da Cultura Caipira? -, no Teatro Municipal Cacilda Becker, a ?Bandeira? do músico Orlando Soares Bezerra, Orlandinho 7 Cordas.

Contando fatos marcantes sobre o pai e o avô, o ?Banco de Prosa? contou com a participação da filha de Orlando, Elenir Milaré, e dos netos, João Henrique e Daniel Milaré.

No auditório e participando do Ranchinho Alegre estavam os acordeonistas Marcílio Odócio Tenan e Luiz Campos (Luizão).

Com apresentação de Juliano Modena e o apoio cultural de MG Móveis Rústicos, Cervejaria Campanária e Restaurante Cantinho Mineiro, o próximo Ranchinho Alegre já tem data marcada: será realizado no dia 29 de março, às 10h, no Teatro Municipal Cacilda Becker.

Cultura entroniza a ?bandeira? do violonista Orlando Bezerra no cenário do Ranchinho

O Ranchinho Alegre de domingo (23) entronizou no Teatro Municipal Cacilda Becker a ?Bandeira? do músico Orlando Soares Bezerra, Orlandinho 7 Cordas. Além dos familiares do homenageado, a esposa Dona Layr Thereza Ferraz Contato Soares Bezerra e os filhos Elenir Milaré, Edemir e Dr. Emir Soares Bezerra, acompanhados dos seus cônjuges, filhos e netos, o ato contou com a presença do prefeito Dr. Dimas Urban.

?Meu pai, o dentista e flautista Milton Urban, minha família é de músicos, e o violonista Orlando Bezerra eram muito amigos. Tocavam juntos?, destacou Dr. Dimas.

Contando fatos marcantes sobre o pai e o avô, o ?Banco de Prosa? contou com a participação da filha Elenir Milaré e dos netos, João Henrique e Daniel Milaré.

João e Daniel, que herdaram do avô o talento para a música, tocaram e cantaram alguns clássicos do nosso cancioneiro que o avô mais gostava de tocar.

No auditório e participando do Ranchinho Alegre estavam os acordeonistas Marcílio Odócio Tenan e Luiz Campos (Luizão), dois dos músicos que acompanharam Orlandinho 7 Cordas em diferentes épocas e formações.

Orlando Soares Bezerra entronizado no Ranchinho Alegre:

Ranchinho Alegre de 23 de fevereiro de 2020:

Orlando Soares Bezerra: conheça um pouco de sua história

Descalvadense, Orlando Soares Bezerra – Orlandinho 7 Cordas como ficou conhecido no meio artístico local e regional – nasceu no dia 7 de setembro de 1929.

Ainda criança, aprendeu a tocar violão sozinho, escondido do pai que não via a música com bons olho. Aprendeu apenas observando e ouvindo os músicos a sua volta.

Apesar do seu excepcional talento, nunca teve um conjunto ou uma banda própria e jamais viveu ou soube como viver da música que tocava e agradava a todos. Tinha muitos amigos e companheiros de tocatas. Segundo eles, Orlandinho era o melhor do violão 7 cordas do seu tempo.

Orlando Bezerra conquistou Layr Thereza Ferraz Contato Soares Bezerra, completando 90 anos, que se tornou sua esposa e companheira de toda sua vida.

Os filhos Elenir Milaré, Edemir, Emir e Eloir (falecido) disputavam o colo do pai com o violão e, invariavelmente, adormeciam ao som de duetos de violões admiráveis com o Nelson Fuzaro – que só faltavam falar – ao som de “Odeon?, ?Sons de Carrilhões?, ?Pedacinhos do Céu?, ?Brasileirinho?, entre outros chorinhos imortais.

Orlandinho 7 Cordas era o músico mais requisitado. Com sua maestria conseguia ?garantir a casa? durante as apresentações e seus magníficos solos arrancavam aplausos efusivos.

Participou de diversos grupos regionais ao lado de grandes mestres como Gibrair Issa (violino), Nilo Maialle (saxofone), Nelson Fuzaro (violão solo), Luiz Gonzaga Neves Melo (violão), Nelson Tangerino, Alfredo Rochetti (trompete), João ?Bigin? Alexandre (flauta/sopros), Alfredo Rochetti (trompete), Orlando Rochetti (saxofone), os acordeonistas Albino Richter, Jairzinho e Zé da Sanfona (José Stili) e Tandico Canineo (percussão), entre outros.

Equilibrava, como poucos, música e trabalho. No comércio, trabalhou por muitos anos na Casa Mimi, loja de presentes e brinquedos, e no Colégio John Kennedy.

Convites não lhe faltavam nos finais de semana. As vezes remunerado e em muitas outras não. Tocava pelo prazer de desfrutar da companhia de companheiros de tocatas.

Durante mais de 20 anos participou do conjunto de Luiz de Campos (Luizão), animando bailes e festas em Santa Cruz da Conceição, Descalvado, Porto Ferreira, no sitos e fazendas de Pirassununga e região.

Orlando Soares Bezerra faleceu no dia 3 de outubro de 2012. A música era a sua vida. Se estivesse entre nós, completaria 91 anos em setembro próximo.

Os irmãos e netos de Orlandinho 7 Cordas, Daniel e João Henrique Milaré, herdaram do avô o talento para a música.

Serenatas fechavam a noite com chave de ouro

De madrugada, após os compromissos, quando os músicos eram deixados em suas casas, faziam serenatas para suas famílias.

A esposa Dona Layr e os filhos acordavam e assistiam da janela da casa onde moravam, na rua XV de Novembro, as mais lindas e românticas cantorias. Com os vizinhos não era diferente: também acordavam para ver e aplaudir as memoráveis performances.

Mesmo com a idade avançada, mas com um ouvido absoluto, apuradíssimo, Orlandinho e os amigos Marcílio Odócio Tenan (sanfona) e José Moraes (pandeiro) se juntaram e formaram o Regional Os Três Amigos, que animava as festas nas fazendas e capelas rurais de Pirassununga.

No repertório, não podiam faltar ?Cabocla Tereza?, ?Tristeza do Jeca?, ?Asa Branca?, ?Saudades de Matão?, ?Luar do Sertão?, entre outras.

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